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“Ninguém é tão pobre que nada possa dar e ninguém é tão rico que não precise receber.”

A Parashá desta semana nos conta sobre as doações para a construção do santuário no deserto. Quatorze vezes a palavra todos (Kol) aparece nesta Parashá, indicando a participação maciça do povo judeu. Cinco vezes lemos sobre a generosidade dos israelitas. A doação foi tamanha que Moisés precisou pedir ao povo para parar de contribuir!

Generosidade (Nedivut) é uma das tradicionais virtudes no movimento de Mussar. Segundo seus sábios, existem dois tipos de generosidade: Terumá (donativo, nome da Parashá) e Tsedacá (justiça social). O primeiro ocorre quando doamos emocionados, espontaneamente, sem obrigação. Em momentos de alegria ou tristeza intensas nossos corações se abrem para este tipo de doação, como vimos na tragédia de Brumadinho. Já o segundo tipo acontece quando percebemos que é nossa obrigação, mesmo sem vontade. Por exemplo, quando sabemos que alguém que não gostamos perdeu o emprego e está passando sérias dificuldades. Devemos ajudar a pessoa independente de nossos sentimentos negativos em relação a ela.

A generosidade não se expressa apenas materialmente. Pode ser a doação de tempo, energia, sabedoria, habilidades, etc.

No movimento de Mussar ensina-se sobre um coração bloqueado, sem generosidade. Existem diversas razões para este bloqueio. Nossa insegurança nos leva a temer doar pela falta que pode nos causar no futuro. Outras vezes não queremos ser ludibriados, passar por tolos, por alguém que tem posses escondidas e finge miséria ou por pessoas que faturam em cima do sofrimento de outros. Precisamos trabalhar nosso ser interior para superar estes bloqueios.

A CIM existe graças à generosidade de centenas de seus sócios e doadores, além de dezenas de voluntários trabalhando na diretoria, na condução dos serviços religiosos e na organização de outrasatividades. Seus generosos donativos materiais, de tempo, energia e sabedoria são fundamentais para continuar a servir a comunidade judaica e a sociedade mineira.

R. Leonardo Alanati